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Nunca é tarde para começar: exercício físico depois dos 65 anos

Nunca é tarde para começar: exercício físico depois dos 65 anos

Estima-se que 4 a 5 milhões de mortes em todo o mundo poderiam ser evitadas se a população fosse mais ativa.

A prática de atividade física regular é um elemento preponderante para a prevenção e controlo de doenças não transmissíveis, como as doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro.

As recomendações da Organização Mundial da Saúde baseiam-se em seis premissas:
– A atividade física é boa para o coração, o corpo e a mente;
– Qualquer quantidade de atividade física é melhor do que nenhuma, e quanto mais melhor;
– Toda a atividade física conta;
– O fortalecimento muscular beneficia todas as pessoas;
– Demasiado comportamento sedentário pode ser prejudicial à saúde;
– Todas as pessoas podem beneficiar com o aumento da atividade física e redução do comportamento sedentário.

Relativamente aos idosos (idade superior ou igual a 65 anos), a ideia chave mantém-se: todos os idosos devem realizar atividade física regular. De uma forma resumida, os idosos devem realizar pelo menos 150 a 300 minutos – duas a cinco horas por semana de atividade física aeróbia de intensidade moderada, como caminhar ou dançar – ou pelo menos 75 a 150 minutos, ou seja, 1 a 3 horas por semana de atividade física aeróbia de intensidade vigorosa, como, por exemplo, correr, andar de bicicleta ou saltar à corda.

Os benefícios do exercício físico no idoso englobam várias áreas:

Manter ou perder peso. O metabolismo (capacidade do organismo em degradar energia) diminui inevitavelmente com a idade e, por isso, torna-se difícil manter um peso saudável. Exercício físico regular acelera o metabolismo e permite também desenvolver massa muscular o que, por sua vez, ajuda o corpo a queimar mais calorias;

Aumentar a imunidade. A prática de exercício contribui para um melhor funcionamento do sistema imunitário, intervindo nos valores de tensão arterial e densidade óssea, resultando num menor risco de doença de Alzheimer, diabetes, obesidade, doenças cardíacas, osteoporose e até determinados cancros;

Melhorar a mobilidade. O exercício aumenta a força, a flexibilidade e melhora a postura, o que, por sua vez, pode ajudar no equilíbrio e na coordenação motora, reduzindo o risco de quedas e melhorando a agilidade no desempenho de atividades do dia-a-dia;

Otimizar o sono. A qualidade do sono é crucial para a saúde e ainda mais à medida que se envelhece. O exercício físico regular pode ajudar o idoso a adormecer mais rápido, dormir mais profundamente e acordar com mais energia e revigorado;

Melhorar o humor. A prática de exercício físico constitui uma importante ajuda no alívio do stress e a consequente produção das hormonas endorfinas que ajudam a reduzir os sentimentos de tristeza e ansiedade;

Melhorar as funções cerebrais. A atividade física pode ajudar a manter o cérebro ativo, ajudando na manutenção de funções cerebrais e prevenindo a perda de memória e declínio cognitivo. O exercício regular pode até mesmo auxiliar a retardar a progressão de doenças como a demência e Alzheimer.
Mesmo que as recomendações mínimas não sejam cumpridas, é unânime que praticar alguma atividade física é melhor do que nenhuma em qualquer idade. Recomenda-se que se inicie de forma moderada e que se aumente gradualmente tanto a frequência como a intensidade e duração, ajustando o nível de esforço aos níveis de aptidão física.
Nunca é tarde para começar. Pratique exercício.

Diogo Abreu
Médico (O.M. 56301)

Hospital da Luz Guimarães

  • Especialista       Medicina Geral e Familiar
  • Pós-Graduado    Medicina do Trabalho; Medicina Desportiva; Medicina Futebol; Climatologia e Hidrologia
  • Competência       Avaliação Dano Corporal
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